scientific diffusion Seminars and Agenda “Etnografias Urbanas: experiência e exercício”

“Etnografias Urbanas: experiência e exercício”

17 a 20/09/2019

O Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp) e o Núcleo de Pesquisas Urbanas Na Margem, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizam, de 17 a 20 de setembro, na sede do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em São Paulo, o curso “Etnografias Urbanas: experiência e exercício”. Estão programas aulas teóricas e atividades práticas de observação etnográfica, registro em diário de campo, organização do material produzido e escrita de um texto etnográfico preliminar.

Foto: Cecília Bastos - USP Imagens

O objetivo é oferecer aos participantes a oportunidade para que realizem um exercício etnográfico em todas as suas etapas e reflitam sobre cada uma delas. O curso será aplicado pelos professores Luana Motta e Gregório Zambon. Veja abaixo a ementa, a descrição das atividades e a bibliografia, a ser disponibilizada digitalmente aos inscritos. A proposta é que a atividade de campo seja planejada no primeiro dia (17/09) e realizada no segundo dia do curso (18/09).

O curso terá 40 vagas, será gratuito e aberto ao público em geral. O link para acessar o formulário de inscrição é https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd6UgMTgRJ4WRR-Gxy_n0CEFyTKH17PIbWIe0EitWITlvnX9A/viewform. As inscrições serão encerradas quando atingir o limite de 40 inscritos.

O curso será realizado no Cebrap, localizado na Rua Morgado Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo.

Sobre os docentes:

Luana Motta – professora do departamento de sociologia da UFSCar, coordenadora do NaMargem e pesquisadora do CEM. Tem se dedicado à compreensão do conflito urbano brasileiro a partir de pesquisas sobre as práticas e presenças estatais em territórios de pobreza, notadamente aquelas voltadas para segurança, violência e juventude. 

Gregório Zambon – doutorando em Ciências Sociais na Unicamp, é bacharel e licenciado em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Sociologia pela UFSCar. Também é pesquisador do CEM e membro do NaMargem. Vem desenvolvendo pesquisas na periferia de São Paulo, com foco em questões como dinheiro e valor, legalismos e ilegalismos, regulação de mercados e produção e reprodução de desigualdades.

Curso "Etnografias Urbanas: experiência e exercício”
Responsáveis: Luana Motta e Gregório Zambon (CEM, NaMargem/UFSCar, Unicamp)
Data: 17 a 20 de setembro de 2019
Horário das aulas teóricas: 14h às 18h

Ementa

O curso tem como objetivo exercitar e discutir sobre a etnografia como modo de conhecer e pesquisar a realidade social, não apenas como metodologia de pesquisa. Tal esforço será desenvolvido a partir da combinação entre leituras e discussão de textos teóricos e exercícios práticos de observação etnográfica, registro em diário de campo, organização do material produzido e escrita de um texto etnográfico preliminar. O intuito é que o curso ofereça a oportunidade para que os participantes realizem um exercício etnográfico em todas as suas etapas e reflitam sobre cada uma delas.
 

Organização do curso e cronograma

O curso contará com aulas presenciais, teóricas e de produção e discussão do material produzido pelos participantes. Importante remarcar que os participantes deverão considerar o tempo de registro da observação e da produção do texto etnográfico, a serem produzidos antes das aulas 3 e 4. Tanto a bibliografia obrigatória, quanto a complementar, estarão disponíveis digitalmente.

 

AULA 1 - 17/09 - O que é etnografia e como tomar notas

(Aula presencial de discussão dos textos - 14h-18h)

CEFAI, Daniel. ¿Qué es la etnografía? Debates contemporáneos Arraigamientos, operaciones y experiencias del trabajo de campo - Primera parte. Persona y sociedad, XXVII, 1, pp. 101-119, 2013.

FELTRAN,  Gabriel.  Diário intensivo:  a  questão  do  ‘adolescente  em  conflito  com  a  lei’,  em  contexto.  Revista  Brasileira  Adolescência  e  Conflitualidade. São Paulo, UNIBAN, v. 1, p. 01-44, 2011.

 

AULA 2 - 18/09 - Exercício de observação e registro

(Trabalho de campo ao longo do dia e registro em diário de campo)

 

AULA 3 - 19/08 - O trabalho analítico de organizar  e classificar as notas

(Aula presencial para trabalhar o material produzido pelos alunos - 14h-18h)

 

AULA 4 - 20/09 - A escrita e construção do texto etnográfico

(Aula presencial de discussões de textos teóricos e textos produzidos pelos alunos - 14h-18h)

 

FOOTE-WHITE, William. “Sobre a evolução de Sociedade de Esquina – Anexo A”, in Sociedade de Esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p. 283-363,  2005.

MACHADO, Carly. 'É muita mistura': projetos religiosos, políticos, sociais, midiáticos, de saúde e segurança pública nas periferias do Rio de Janeiro. Religião e Sociedade, v. 33, p. 13-36, 2013.

 

Bibliografia

CEFAI, Daniel. ¿Qué es la etnografía? Debates contemporáneos Arraigamientos, operaciones y experiencias del trabajo de campo - Primera parte. Persona y sociedad, XXVII, 1, pp. 101-119, 2013.

FOOTE-WHITE, William. “Sobre a evolução de Sociedade de Esquina – Anexo A”, in Sociedade de Esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p. 283-363,  2005.

LAPLANTINE, François, 2002. A descrição etnográfica. São Paulo: Terceira Margem. (trechos selecionados).

FELTRAN, Gabriel. A categoria como intervalo – a diferença entre essência e desconstrução. Cadernos Pagu [online]. 2017, n.51, e175105. Epub Jan 08, 2018.

FELTRAN,  Gabriel.  Diário intensivo:  a  questão  do  ‘adolescente  em  conflito  com  a  lei’,  em  contexto.  Revista  Brasileira  Adolescência  e  Conflitualidade. São Paulo, UNIBAN, v. 1, p. 01-44, 2011.

GEERTZ, Clifford. “Descrição densa: por uma teoria interpretativa das culturas”, in A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, p. 13-41,  1978.

MACHADO, Carly. 'É muita mistura': projetos religiosos, políticos, sociais, midiáticos, de saúde e segurança pública nas periferias do Rio de Janeiro. Religião e Sociedade, v. 33, p. 13-36, 2013.

PEIRANO, Mariza. “Etnografia, ou a teoria vivida”. PontoUrbe, ano 2, versão 2.0, fevereiro de 2008.

DA MATTA, Roberto. “O ofício do etnólogo, ou como ter “anthropological blues, in E. O. NUNES (org.) A aventura sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, p. 23-35,  1978.

VELHO, Gilberto. “Observando o familiar”, in E. O. Nunes (org.) A aventura sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, p. 36-46,  1978.

 

Fotos do evento:

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