CEM disponibiliza base de dados por setor censitário de cinco regiões metropolitanas do Censo Demográfico 2022

Acesso à base, desenvolvida pela equipe de Transferência de Tecnologia do Centro, é gratuito.

O Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp) disponibiliza uma nova base cartográfica digital georreferenciada dos setores censitários atualizada de cinco das principais regiões metropolitanas do Brasil: Aracaju, Baixada Santista, Belém, Belo Horizonte, Brasília e Campinas. A presente edição desses setores foi feita com base nos dados do último recenseamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Censo 2022. 

“Associados a um sistema de informação geográfica, esses dados e arquivos cartográficos dão acesso a um conjunto integrado de informações que torna possível identificar áreas com alta concentração de pobreza ou atendidas insuficientemente por políticas públicas, transformando-se num instrumento fundamental para que a sociedade e o poder público conheçam e atuem nos lugares”, destacam os pesquisadores do CEM no documento sobre as bases de dados, desenvolvidas por Daniel Waldvogel Thomé da Silva, Edgard Rodrigues Fusaro e José Donizete Cazzolato, que integram a Equipe de Transferência do CEM.

Os setores censitários são uma demarcação territorial elaborada pelo IBGE para atender aspectos operacionais do Censo. Seus limites são alocados sobre elementos do espaço geográfico que são de fácil identificação para o recenseador, como estradas, ruas ou rios, por exemplo. O principal objetivo do IBGE para construir o setor censitário é delimitar uma área pequena o suficiente para ser recenseada por um único entrevistador, facilitando o controle e a remuneração do profissional pelo trabalho.

Na prática, o setor censitário é a menor unidade de análise possível quando se utiliza esses dados. Quando agregados os dados dos setores censitários, é possível estabelecer novas unidades territoriais de planejamento e aplicação das políticas públicas, especialmente nos níveis local e regional, daí seu uso em pesquisas acadêmicas e por gestores públicos.

“Cada setor é identificado por um geocódigo único para todo o Brasil, criado a partir dos geocódigos do Subdistrito, do Distrito, do Município, do Estado e da Grande Região em que cada setor censitário está inserido”, explicam os pesquisadores. “De todo modo, independentemente da qualificação do setor - rural, urbano, favela etc - os dados ali coletados constituem informação localizada e refinada, um reflexo muito interessante desse lugar e de suas diferenças com outros lugares”, completam.

A Equipe de Transferência de Tecnologia do CEM está organizando os setores censitários de 2022 para as 22 principais regiões metropolitanas do Brasil, adequando-os ao Sistema de Informação Geográfica do Centro. O primeiro conjunto de dados atualizados, referente às regiões metropolitanas de Aracaju, Baixada Santista, Belém, Belo Horizonte, Brasília e Campinas, acaba de ser disponibilizado. As demais serão divulgadas futuramente.

Os arquivos cartográficos contêm os dados de identificação, ou seja, geocódigo, unidades territoriais a que pertencem, situação etc, além das 246 variáveis do questionário do “universo” selecionados pela equipe de transferência de dados do CEM, gerando uma nova tabela de dados. Entre essas variáveis estão dados de aglomerados, domicílios total, particulares e coletivos, quantidade de moradores por tipo de domicílio, por faixa etária, gênero e raça, domicílios particulares que têm e não têm água encanada, ausência ou quantidade de banheiros, destinação de esgoto, coleta de lixo, indicadores educacionais, entre outros. 

Das cinco regiões metropolitanas cujos mapas e dados por setor censitário estão sendo publicados pelo CEM, a maior em termos populacionais é Belo Horizonte (MG), que foi criada em 1973 e é composta por 34 municípios habitados por 5.128.282 de pessoas, segundo o Censo 2022. A seguir vem Brasília (DF), criada em 1998, também com 34 municípios, e 4.484.116 de habitantes. A região metropolitana de Belém (PA), criada em 1973, é a terceira, com 2.370.545 em seus sete municípios. A seguir, vem a região metropolitana da Baixada Santista (SP), criada em 1996, com nove municípios, onde vivem 1.805.531 de pessoas. Por fim,  a base traz os dados da região de Aracaju (SE), criada em 1995, com quatro municípios que abrigam 932.210 habitantes.

Para obter a relação dessas bases de dados e consultá-las, clique aqui.


Sobre o CEM
Criado em 2000, com início das atividades em 2001, o Centro de Estudos da Metrópole (CEM) é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Cepid-Fapesp) e, recentemente, também passou a ser um Centro de Pesquisa e Inovação Especial da Universidade de São Paulo (CEPIx-USP). O CEM reúne cientistas de várias instituições para realizar pesquisa avançada, difusão do conhecimento e transferência de tecnologia em Ciências Sociais, investigando temáticas relacionadas a desigualdades e à formulação de políticas públicas nas metrópoles contemporâneas. Sediado na Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o CEM é constituído por um grupo multidisciplinar, que inclui pesquisadores demógrafos, cientistas políticos, sociólogos, geógrafos, economistas e antropólogos


Informações para imprensa:
Janaína Simões
Assessoria de Comunicação e Difusão
Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp)
imprensa.cem@usp.br
Tel. 55 11 3091-2097