Metodológicas CEM 2do semestre de 2016

programação completa

A reflexão metodológica plural, que oferece subsídio a pesquisas multimétodos  é  uma das características centrais da produção do CEM. No segundo semestre de 2016, o CEM prossegue compartilhando seus avanços metodológicos em Cursos,  Seminários e Oficinas sobre Metodologia com pesquisadores e estudantes interessados. A proposta geral é a difusão de metodologia e técnicas de pesquisa em Ciências Sociais.  

Atenção: todas as atividades são livres e abertas a todos os interessados, e somente onde informado, necessitam de inscrição prévia, caso do Curso de Geoprocessamento TerraView Política Social (inscrições abertas pelo site).


Oficinas

1. Estimação de Pontos Ideais

Rodrigo Martins (Depto. de Ciência Política/USP)

Data e local: 14 de setembro, FFLCH (Prédio da Filosofia e das Ciências Sociais) – Sala 122 (Laboratório), das 13h30 às 17h30. 

(Evento realizado)

 Ementa: A estimação de ponto ideal tem avançado nos últimos 60 anos a partir de desenvolvimentos teóricos da Ciência Política e da Economia, com contribuição metodológica da Psicologia. Este método parte da ideia de que preferências políticas podem ser representadas visualmente no espaço. Diversas áreas tem utilizado estimação de ponto ideal para aplicar em estudos sobre opinião pública utilizando dados de survey, sobre legislativo e judiciário utilizando dados de votações, e mais recentemente têm utilizado textos de diversas fontes para estimação de preferências dos mais diversos atores. Nesta oficina será realizada uma breve exposição teórica do modelo espacial e apresentados alguns exemplos aplicados pela literatura, tanto internacionalmente quanto no Brasil. Utilizaremos também o software R para ilustrar de forma mais concreta como realizar estimações de ponto ideal com diferentes tipos de dados.

Pré-requisitos: Conhecimentos básicos de estatística e análise de dados

Sobre o corpo docente: Rodrigo Martins é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da USP. Em 2009 concluiu o bacharelado em Ciências Sociais, e em 2013 concluiu o mestrado em Ciência Política, ambos pela mesma universidade.

 

2. Etnografia (d)e Documentos: técnicas e experiência a partir de situações de violência no Brasil

Larissa Nadai (Unicamp) e Gabriel Feltran (UFSCar/CEM).

Data e local: 23 de novembro, FFLCH (Prédio da Filosofia e das Ciências Sociais) – Sala 8 (auditório), das 17h às 20h.

Evento aberto, gratuito, sem necessidade de inscrição prévia.

Ementa: Esta exposição estará voltada a um objetivo metodológico: desemaranhar as formas nas quais articulamos as perguntas de investigação e contextos estudados com os modos de fazer trabalho de campo, relacionando diferentes técnicas etnográficas - e, sobretudo, focalizando na etnografia de documentos. Recorrendo ao percurso que a pesquisadora vêm desenvolvendo na última década, estará em pauta sua pesquisa sobre um conjunto de violências documentadas oficialmente, e como investigá-la. 

Sobre o corpo docente: Larissa Nadai é antropóloga, doutoranda pelo Programa de Pós -Graduação em Ciências Sociais (Unicamp). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia do Estado, atuando principalmente nos seguintes temas: legislação penal, estupro, atuação policial, documentos oficiais, violência, gênero e sexualidade.

Gabriel Feltran é professor do Departamento de Sociologia da UFSCar e Coordenador Científico do CEM.


Seminário

A experiência da Transparência Brasil na coleta de dados primários

Manoel Galdino (CAENI-USP)

Data e local: 19 de outubro, FFLCH (Prédio da Filosofia e das Ciências Sociais) – Sala 8 (auditório), das 17h30-19h30.

(Evento realizado)

Resumo: 

A Transparência Brasil foi pioneira na coleta e disseminação de dados primários em política no Brasil, notadamente com os projetos Às Claras, com dados de contribuição de campanhas, e Excelências, com dados sobre processos judiciais sobre deputados e senadores. Neste trabalho serão descritas algumas das dificuldades sobre organizações de bases de dados e implicações metodológicas para a interpretação de índices construídos a partir de dados primários coletados. Particularmente, o palestrante vai enfatizar a importância da metodologia de coleta ser reproduzível, organizada por conceitos bem definidos e operacionalizáveis empiricamente. Além disso, irá discutir alguns princípios de construção de bases de dados que devem orientar a coleta de dados. Esse segundo aspecto se insere dentro da agenda de pesquisa vinculada ao conceito de data tidying.

Wickham, Hadley. "Tidy Data." Journal of Statistical Software 59.i10 (2014). 

Sobre o corpo docente: Manoel Galdino é Mestre e Doutor pelo DCP-USP. Bacharel em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do CAENI.


Cursos

1. Etnografias Urbanas: epistemologia, experiência, exercício.

Gabriel Feltran (CEM/UFSCar), André de Pieri e Deborah Fromm (NaMargem/CEM)

Data e local: 17, 18 e 19 de outubro, Auditório do Cebrap (Vila Mariana), 14h-18h.

(Evento realizado)

Ementa:  O curso terá três (3) dias de trabalho, sendo 4 horas/dia de aula teóricas e práticas e 4 horas/dia de estudos e redação de notas de campo. Na primeira aula são apresentadas a história da etnografia urbana, suas principais vertentes e escolas, bem como preparada e realizada uma observação de campo inicial. Na segunda aula, os diários de campo do dia anterior são analisados minuciosamente, e deles extraídas categorias de análise, a serem retrabalhados em nova observação de contexto urbano eleito pelos estudantes. Na terceira aula, os textos preliminares dos estudantes são comentados, para finalização no dia seguinte. A construção etnográfica das categorias de análise e de texto interpretativo, a partir de observação participante sistemática, será assim ensaiada e discutida coletivamente. 

Público alvo: estudantes, pesquisadores, profissionais da área social. 

Objetivo: apresentar e exercitar fundamentos da etnografia urbana -  de sua tradição aos seus procedimentos básicos, debatendo sua atualidade e relevância para a pesquisa e intervenção social. 

Pré-requisitos (graduação): sem pré-requisitos. 

Área de conhecimento: Ciências Sociais.

Sobre o corpo docente: Gabriel Feltran é professor do Departamento de Sociologia da UFSCar e Coordenador Científico do CEM. André de Pieri, Deborah Fromm e Evandro Cruz são pesquisadores do grupo de Pesquisas Urbanas NaMargem/CEM.

 

2. Geoprocessamento com TerraView Política Social (*) 

Daniel Waldvogel e José Donizete Cazzolato (CEM) – Cebrap– rua Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo, carga Horária: 20h.

Datas: 24, 25 e 26 de agosto; 28, 29 e 30 de setembro; 26, 27 e 28 de outubro; 23, 24 e 25 de novembro. 

Necessita inscrição prévia

Ementa: O curso de Geoprocessamento elaborado para o programa livre TerraView Política Social proporciona uma visão geral do sistema, tanto do ponto de vista conceitual como prático.  Os participantes conhecerão as funcionalidades básicas e serão habilitados a explorar as possibilidades de apresentação e de análise espacial de dados sociais, econômicos e demográficos, proporcionadas pelo programa e pelas bases de dados disponíveis. Ao final do treinamento, espera-se que os participantes possam visualizar, pesquisar e analisar dados geográficos e tabulares, além de gerar mapas e gráficos com qualidade cartográfica. Para realizar o curso TerraView Política Social não são necessários conhecimentos prévios de geoprocessamento, sendo voltado a todos os profissionais e estudantes com conhecimentos básicos de informática e internet.

Sobre o corpo docente: Daniel Waldvogel é bacharel e mestrando em Geografia pela USP e José Donizete Cazzolato é Mestre e Bacharel em Geografia pela USP.

(*) Inscrições pelo site do CEM, na página do curso

Atenção: atividades abertas a todos os interessados. Atenção pois algumas requerem inscrição prévia, como o Curso de Geoprocessamento TerraView Política Social (inscrições abertas pelo site) e a Oficina Estimação de Pontos Ideais.