No último encontro da série de seminários promovida pelo Centro de Estudos da Metrópole, o tema foi "O Acesso a Oportunidades de Trabalho - Dinâmicas Metropolitanas". A apresentação, a cargo da professora Nadya Araujo Guimarães (Sociologia-USP) e integrante de sua equipe, ocorreu no dia 18 de junho, na sede do CEM/Cebrap, em São Paulo.

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O encontro anterior teve Carlos Costa Ribeiro, professor do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), com o seminário Desigualdes de oportunidades educacionais: escolas públicas, classe e raça, no dia 21 de maio. O pesquisador revelou resultados preliminares de análises a partir de survey nacional realizado em 2008, com foco em mobilidade social e escolaridade.

O estudo reuniu evidências de que o Brasil apresenta desigualdades de oportunidades educacionais persistentes no tempo -- o que não é o mesmo que dizer que não há ampliação do acesso à escola e a títulos educacionais. Significa, antes, que há assimetrias entre diferentes grupos sociais na chance de completar as transições escolares.

Ribeiro constatou que são mais dependentes da origem social as primeiras transições no sistema educacional, a exemplo da continuação dos estudos após completar a 4ª série do ensino fundamental. Nas transições mais avançadas, chegam os indivíduos com características sócio-demográficas semelhantes e há menor dependência da origem.

Seminários anteriores

No encontro anterior, em 14 de maio, Eduardo Rios Neto, titular do Departamento de Demografia e pesquisador do Cedeplar (Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais)/UFMG, apresentou projeto que coordena sobre perspectivas do investimento social no país. A inciativa é financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sociail).

Eduardo Marques, pesquisador do CEM (Centro de Estudos da Metrópole) e livre-docente da Universidade de São Paulo, falou sobre a parte do projeto que trata de políticas urbanas, que coordena.

No dia dia 7 de maio, foi a vez de o pesquisador Alvaro Comin e sua equipe apresentarem o seminário Centralidade, diversidade e especialização: Distinguindo territórios econômicos. O paper discute como o caso de São Paulo pode contribuir para a investigação internacional sobre o papel econômico das grandes concentrações urbanas. Um dos principais argumentos do trabalho é o de que não se pode entender a dinâmica das grandes cidades, pelo menos em países como o Brasil, sem tomar como referência seus contextos nacionais.

Analisando dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), compilados pelo Ministério do Trabalho, um exercício do grupo de pesquisa colheu indicações de que em termos econômicos São Paulo é ao mesmo tempo especializada e diversificada: tem concentração em determinados setores acima da média de outras áreas metropolitanas, mas também tem força econômica em setores variados.

O seminário foi apresentado por Comin e por integrantes da equipe, que conta com Maria Carolina Vasconcelos Oliveira, Carlos Torres-Freire, Alexandre Abdal e Bruno Komatsu.

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