Nova base de ruas da RMSP (2016)
Foram editados ou inseridos cerca de 20 mil segmentos e alterado o DATUM da projeção cartográfica
No conjunto dos arquivos cartográficos georreferencenciados do acervo CEM referente à Região Metropolitana de São Paulo, a base de logradouros (ruas, avenidas, travessas, pontes e viadutos) pode ser considerada como a principal. Além de representar a infraestrutura viária da cidade, permitindo inferir a localização de praças, parques, canais hidrográficos, assim como perceber as diferentes tramas do desenho urbano, é a ferramenta por excelência na localização e geocodificação de fenômenos pontuais (pessoas, eventos, equipamentos, etc.). Em 2014 foi disponibilizada base com edição de 10 mil segmentos e nesta atualização, o total de segmentos editados atinge 20 mil, dos quais cerca de 2,5 mil inseridos.
Totaliza 327 mil segmentos (cada trecho viário – de esquina a esquina), dos quais 80% contam com nome, numeração dos imóveis e código de endereçamento postal (CEP). Este número é bastante significativo, se levarmos em conta a excepcional dinâmica do espaço urbano metropolitano. Mesmo com a tendência observada no sentido de adensamento e estabilização em detrimento da expansão do tecido urbano, a RMSP ainda incorpora um grande volume de alterações: novos assentamentos, implantes residenciais, condomínios, eixos viários e de transporte urbano, grandes equipamentos, etc., os quais determinam importantes impactos nas diversas cartografias, na representação geométrica ou nos atributos.
O compartilhamento de bases georreferenciadas no site do CEM pode ser considerado pioneiro, tendo em vista que a produção cartográfica georreferenciada disseminou-se há pouco mais de uma década no Brasil e mesmo no ambiente empresarial, existe algum delay na assimilação do geoprocessamento. Hoje, cada vez mais as municipalidades e órgãos estaduais e federais operam embasados em GIS, mas ainda são poucos que produzem bases cartográficas com a adequada configuração para o ambiente de geoprocessamento. Um número ainda menor de órgãos públicos tem a preocupação de disponibilizar essas bases.
Melhoramentos da base
As alterações promovidas na Base de Dados de ruas, referem-se ao desenho ou traçado, tecnicamente chamado "geometria" (ajustando ou corrigindo seu posicionamento) ou aos dados referentes a cada segmento. Esses dados são os "atributos": nome da via, tipo, numeração imobiliária, distrito ou município a que pertence, CEP, etc.
Assim, do mesmo modo que os arquivos de parques, escolas, estações ou vias principais, a base de logradouros da RMSP é uma cartografia em permanente reelaboração. Novas geometrias ou atributos são incorporados a partir de processos diversos: pesquisas desenvolvidas no âmbito do CEM/Cebrap, consulta a imagens e dados disponibilizados na internet e ainda incursões in loco, quando as fontes indiretas revelam-se insuficientes. Convém esclarecer que o Centro de Estudos da Metrópole elabora suas matrizes cartográficas com a finalidade de embasar e apoiar as pesquisas desenvolvidas no Centro, sem direcionamentos no sentido de produção comercial.
Destaque-se, por fim, a alteração introduzida na projeção cartográfica dos arquivos CEM: o arquivo ora disponibilizado de logradouros tem o datum SIRGAS 2000, o novo padrão adotado. As novas versões das demais bases, a serem disponibilizadas nos próximos meses, seguirão este padrão. Mais informações sobre a atualização estão disponíveis no arquivo "Dicionário" que acompanha o conjunto de dados.
A Base Cartográfica Digital de Logradouros - edição 2016 - pode ser acessada livremente na área de Base de Dados (menu superior) deste website, bastando para isso preencher um breve cadastro.