A metrópole de São Paulo no século XXI, Espaços, Heterogeneidades e Desigualdades
Lançamento de livro - A metrópole de São Paulo no século XXI
No dia 19 de Junho de 2015 foi lançado com um seminário o livro organizado pelo professor livre-docente do Departamento de Ciência Política da USP e pesquisador do CEM, Eduardo Marques: "A metrópole de São Paulo no século XXI, Espaços, Heterogeneidades e Desigualdades." A obra constituída por treze capítulos, divididos em três partes: “Dinâmicas econômicas, estrutura social e mercado de trabalho”; “Dinâmicas demográficas e segregação residencial” e “A produção dos espaços da metrópole”. Do evento participaram os pesquisadores co-autores.
Conheça mais sobre o Grupo de Pesquisa: https://politicadourbanocem.wordpress.com/
Sobre o livro:
Título: A metrópole de São Paulo no século XXI - Espaços, heterogeneidades e desigualdades
A metrópole de São Paulo vem se tornando mais heterogênea econômica, social e espacialmente e menos desigual em termos de renda, inserção no mercado de trabalho e condições de vida de seus habitantes, mesmo nas áreas mais precárias. A imagem emerge dos 13 ensaios que compõem esta obra, os quais abordam temas específicos, a partir de um diagnóstico comum, para construir um panorama atual da região metropolitana. Tal retrato resulta das mudanças de diversas dimensões pelas quais a metrópole passou na última década, do perfil da pobreza às dinâmicas migratórias e ligadas ao crescimento demográfico, dos moldes de segregação social à produção habitacional e à mobilidade urbana.
Os autores enxergam a cosmópole como um conjunto de espaços cada vez mais heterogêneos, em contraposição à visão clássica e dual de centro-periferia. Eles demonstram que os processos de construção de cada um daqueles espaços são crescentemente definidores de seus respectivos modelos de crescimento, condições sociais, formas de produção de moradias e precariedade urbana. E que, se os padrões de desigualdade persistem fortemente, se a segregação por raça e classe é evidente e as áreas de elite tornam-se cada vez mais exclusivas, o centro histórico se populariza e as regiões intermediárias e periféricas adquirem fei
Trechos
“A partir de 2004, a taxa de desemprego assumiu uma trajetória descendente e monotônica, num cenário de crescimento econômico puxado pela expansão de um pujante setor de serviços integrado, no panorama nacional, à retomada da atividade industrial e exportadora. Na RMSP, entretanto, não houve recuperação relativa do emprego industrial. Note-se, porém, que o patamar final de desemprego permaneceu ligeiramente acima do registrado em meados dos anos 1980, além de operar em condições de muito maior fluidez do que anteriormente (Guimarães, 2009).” (“Transformações socioeconômicas e grupos sociais”)
“As mudanças na estrutura salarial também são expressivas. Tanto na década de 1990 como em 2000, é bastante significativo o crescimento do estrato salarial médio inferior (de 1SM a 2SM), que cresceu 18,3% e 12,1% em termos relativos, respectivamente. Ao olharmos os números absolutos e suas variações decenais, notamos que os anos 2000 se caracterizam ainda pela criação de postos de trabalho com até um salário mínimo: 311 mil novos postos, contra 16 mil na década anterior. [...] À primeira vista, essa geração de empregos de baixa renda não sinaliza um cenário muito positivo, mas devemos ter em mente que se trata, em boa medida, do retorno ao mercado de trabalho por parte de muitos indivíduos que anteriormente estavam inativos ou desempregados.” (“Mercado de trabalho, estrutura ocupacional e pobreza: 1991-2010”)
“Na década, tal qual a tendência geral, caiu a proporção de trabalhadores manuais e cresceu a de profissionais de nível alto para ambos os grupos, brancos e negros. Nota-se que houve aumento na proporção dos negros em todas as categorias, seguindo o incremento da participação deles na população ocupada. Ademais, apesar de ainda permanecerem mais concentrados nas categorias de trabalhadores manuais, os negros tiveram importante crescimento em categorias médias – como as não manuais de rotina de nível alto e técnicos e supervisores (incremento de 35% e 31,7%, respectivamente) – e altas, como a de empregadores e principalmente na de profissionais de nível alto (acréscimo de 29,4% e de 60,5%).” (“Desigualdades e segregação residencial por raça e classe”)
Ficha técnica
Preço: R$ 69
ISBN: 978-85-393-0574-2
Assunto: História, Ciências Sociais
Idioma: Português
Páginas: 458
Edição: 1ª
Ano: 2015
Formato: 16 x 23
Acabamento: Brochura com orelhas
À venda nas livrarias e no site da editora Unesp.
Notícias sobre o livro
A segregação residencial, separação das pessoas nos espaços de acordo com a classe social e a raça, vem aumentando ou diminuindo em São Paulo? E a desigualdade racial e de gênero? Esses são alguns dos temas desta edição do Programa Complicações. O nosso convidado é o professor livre-docente do Departamento de Ciência Política da USP e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole, Eduardo Marques.
A periferia de São Paulo se tornou mais heterogênea, enquanto as áreas de elite concentram cada vez mais ricos. Composto por 39 municípios, a metrópole paulistana viveu nos últimos anos uma 'reconfiguração' da sua desigualdade. Esta é uma das principais conclusões de uma extensa pesquisa que será lançada em livro este mês pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM), que tem como principal tema uma radiografia da metrópole entre os anos 1990 e 2010.
Dados populacionais revelam uma periferia mais heterogênea na Grande São Paulo, com proximidade entre as classes média e baixa, mas áreas de elite ainda mais exclusivas.
Conhecida por sua grande segregação social, a Região Metropolitana de São Paulo vem apresentando novos arranjos na sua distribuição habitacional. Eduardo Marques, professor do departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP, esteve no estúdio da Rádio USP para conversar sobre o estudo “Estrutura social e segregação em são Paulo – transformações na década de 2000”.
Um dos destaques do estudo é a evidência de que a periferia da Grande São Paulo vem se tornando mais heterogênea, com proximidade entre as classes média e baixa, enquanto os espaços ocupados pela elite se tornaram mais exclusivos. O estudo fará parte do livro “São Paulo 2010- Espaços, heterogeneidades e desigualdades na metrópole”, a ser lançando em maio deste ano.
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