Seminário Internacional/USP - Lugares, Margens e Relações: raça, cor e mestiçagem na experiência afro-americana

Lugares, Margens e Relações: raça, cor e mestiçagem na experiência afro-americana. Aconteceu nos dias 24 e 25/2/11

Evento internacional que reúne pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos acontece nos dias 24 e 25 de fevereiro na Cidade Universitária. O “Seminário Internacional Lugares, Margens e Relações: raça, cor e mestiçagem na experiência afro-americana” objetiva ser um primeiro passo para o estabelecimento de uma rede internacional de pesquisadores, constituindo-se num espaço de discussão de experiências históricas diversas nas Américas, para ampliar e testar conceitos forjados a partir do regional, mas que pode estender-se para a diversidade da experiência afro-americana, compreendida no cruzamento de disciplinas e épocas variadas. A organização do seminário é do professor Antonio Sérgio A. Guimarães, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP; da professora Lilia Schwarcz, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da USP e do professor Pedro Meira Monteiro, da Princeton University.

O apoio para a realização do seminário é do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia/USP, da Princeton University e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos da Metrópole/INCT-CEM.

O debate sobre as raças e as cores, que atravessa a história das Américas da colônia até hoje, tem sido recuperado a partir de perspectivas muitas vezes restritivas, desenvolvidas dentro de marcos nacionais ou geográficos relativamente fechados. Poucas vezes o pensamento crítico se abre, de fato e em profundidade, para a variedade e para as similitudes que a um só tempo aproximam e distanciam experiências históricas singulares, vividas a partir do encontro de matrizes culturais diversas em solo americano. Mestiçagem, hibridismo, transculturação, equilíbrio de antagonismos são todas expressões que se forjam para dar conta da escuta e da imaginação do Outro, visto e compreendido em sua ambivalência, como sujeito de ações e objeto de curiosidade, mais ou menos aceito ou rejeitado, sempre mais próximo ou distante de uma cultura letrada ou de práticas consideradas "orais".