Pesquisadora do CEM integra o Conselho da Presidência da República

Pesquisadora do CEM integra o Conselho da Presidência da República Ursula Peres, professora da EACH e coordenadora de inovação do CEM, passou a fazer parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável este mês.

Edição de Janaína Simões, com informações da Agência Brasil e do Jornal da USP

Ursula Peres, coordenadora de Inovação e pesquisadora principal do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), e professora associada da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP), é uma das novas integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão. Os nomes dos novos membros foram divulgados no dia 5 de agosto, em cerimônia realizada durante a 5ª Reunião Plenária do Conselho no Palácio do Itamaraty, em Brasília. 

Ursula Peres

O órgão, composto por representantes da sociedade civil, é responsável pelo assessoramento do presidente da República na formulação de políticas públicas e diretrizes de governo, sob coordenação da Secretaria de Relações Institucionais. Sua composição busca contemplar amplamente os diversos segmentos da sociedade. Além da posse de 131 novos conselheiros, outros 155 foram reconduzidos ao cargo, e vão ocupar a posição no Conselho por dois anos.

Da comunidade USP, participam do Conselhão o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e Paulo Feldmann (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária - FEA), Laurindo Leal Filho (Escola de Comunicações e Artes - ECA) e Ursula Peres como novos membros. Foram reconduzidos ao cargo os professores Carlos Antonio Luque e Laura Barbosa de Carvalho (ambos da FEA); Glauco Arbix e Lília Schwartz (ambos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - FFLCH); Roseli de Deus Lopes (Escola Politécnica - Poli); e Maria Paula Dallari Bucci (Faculdade de Direito - FD).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da abertura da plenária. “Eu penso que vocês dão uma demonstração viva de que é possível construir uma democracia participativa, envolvendo a sociedade brasileira”, afirmou. “Depois, o que a gente vai adotar, é uma questão de governo”, acrescentou. Segundo ele, o Conselhão funciona como uma ouvidoria para que a sociedade possa se manifestar, fazer propostas e cobrar o governo nas coisas que a sociedade entende que precisam ser feitas no país. Criado em 2003, o colegiado funcionou por mais de 15 anos, até ser extinto em 2019. Em 2023, o presidente Lula trouxe de volta a iniciativa.

Propostas encaminhadas para a Presidência

No evento, foram assinados atos de propostas geradas no âmbito do Conselhão. O presidente Lula assinou o decreto que cria a Política Nacional Integrada da Primeira Infância, que visa garantir os direitos e promover o desenvolvimento integral das crianças de até 6 anos de idade. Ainda foi assinado protocolo de intenções no âmbito do Programa Amazônia Mais Digital, Menos Desigual. O objetivo é reduzir as desigualdades sociais e econômicas por meio do uso da tecnologia, oferecendo oportunidades de letramento digital e qualificação profissional para comunidades vulneráveis. Outro protocolo foi assinado dentro da iniciativa Arco da Dignidade da População Negra, que prevê ações e políticas para garantir igualdade de direitos e oportunidades.

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Os conselheiros também entregaram o portfólio de investimentos para transformação ecológica, que prevê RS 430 bilhões em investimentos voltados a 2.540 projetos. O documento será apresentado na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, em Belém (PA), em novembro.

Também foram empossados os membros do Conselho Consultivo para a Transformação Digital, composto por profissionais que trabalharam na construção da Política Nacional Brasil Digital 2030+, que prevê a criação deste colegiado.

Por fim, foram apresentadas as propostas do grupo de trabalho para a redução do spread bancário, taxa que mede a diferença entre o custo de captação dos recursos pelos bancos e as taxas médias aos clientes. São 40 propostas em seis eixos temáticos para reduzir: inadimplência; prevenção e combate a fraudes; micro, pequenas e médias empresas; acesso a dados e plataformas digitais; custo e carga tributária no crédito; e competitividade.


Sobre o CEM:
Criado em 2000, com início das atividades em 2001, o Centro de Estudos da Metrópole (CEM) é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Cepid-Fapesp) e, recentemente, também passou a ser um Centro de Pesquisa e Inovação Especial da Universidade de São Paulo (CEPIx-USP). O CEM reúne cientistas de várias instituições para realizar pesquisa avançada, difusão do conhecimento e transferência de tecnologia em Ciências Sociais, investigando temáticas relacionadas a desigualdades e à formulação de políticas públicas nas metrópoles contemporâneas. Sediado na Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o CEM é constituído por um grupo multidisciplinar, que inclui pesquisadores demógrafos, cientistas políticos, sociólogos, geógrafos, economistas e antropólogos.


Assessoria de Comunicação e Difusão
Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp)
imprensa.cem@usp.br