A última flechada de Rodrigo Janot não comoveu ninguém. Depois da ameaça de borrasca, o teor da segunda e última denúncia do procurador da República contra Temer passou em brancas nuvens. O noticiário privilegiou questões miúdas, pondo de lado o fulcro da peça.
CEM na Mídia

Ao contrário do uso político do estudo do economista Marc Morgan, o Brasil melhorou. É preciso, no entanto, combater o desequilíbrio extremo.

Michel Temer volta às cordas. Desta feita, tem companhia graúda. No outro 'corner', Lula se defende como pode das bofetadas desferidas por Palocci. Para ambos, o que resta é estender a luta, evitar o nocaute e aguardar a derrota honrosa por pontos.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dispensou tanto a gravata verde-amarelo quanto o avião do amigo que usara no primeiro depoimento. Tomou um litro de água na primeira meia hora. Desde o câncer, explicou, passou a secar sua garganta com mais frequência.

Guerras são assim, fazem vítimas. A semana foi particularmente letal, pródiga em baixas e ameaças a altas patentes dos três lados que transformaram a política brasileira em uma batalha.